Nesta quarta-feira, dia 6/6, foi inaugurado em Porto Alegre, na PUCRS, o InsCer – Instituto do Cérebro que representa um grande salto para a pesquisa na interface entre a neurologia clínica e as neurociências básicas – a chamada pesquisa traducional * – no país. Além de uma equipe competentíssima de médicos e cientistas, o Instituto dispõe de uma notável reunião de equipamentos de última geração: além de possuir SPECT e RMN funcional de 3 Tesla, possui um equipamento de Tomografia Computadorizada por Emissão de Pósitrons (PET) acoplado a um ciclotron GE que produz os isótopos de curta meia-vida necessários para esta técnica de imageamento. Por ora só se produz o Flúor-18, mas estão previstos outros isótopos de meia-vida mais curta úteis a estudos mais especializados como diagnóstico de Alzheimer e também pesquisa básica, o que o torna único entre os equipamentos existentes na região. Para a pesquisa básica, o Instituto também dispõe de uma câmara microPET para estudos em modelos animais, uma das primeiras no país. A proposta é promover uma grande interação acadêmica nacional e internacional, e a expectativa é grande com relação à alavancagem de novidades em termos de conhecimento básico, diagnóstico e tratamentos de diversas patologias neurológicas como a Epilepsia, o Parkinson e o Alzheimer.
O projeto foi liderado pelos professores Jaderson Costa da Costa, diretor do InsCer, e Ivan Izquierdo, coordenador científico do Instituto.
Estão de parabéns os colegas gaúchos que, com essa conquista, contribuirão ainda mais para o avanço das neurociências no país!
Sobre a inauguração:
- PUCRS inaugura Instituto do Cérebro do RS [PUC]
- Instituto do Cérebro é inaugurado na Capital [ZH]
- Pesquisa gaúcha ganha Instituto do Cérebro [JC]
- Instituto do Cérebro é inaugurado em Porto Alegre [CP]
Algumas fotos:
(*) Equivocadamente grafada como “translacional” no Brasil em um fenomenal… erro de tradução! O termo foi cunhado ao redor de 1993, no embalo dos estudos sobre o câncer, mas seu uso so ficou consagrado a partir de 2008. A definição já transparece nos primeiros artigos a empregar o termo: “(…) the emerging focus on the process of translating cancer research into clinical practice” (Morrow & Bellg, Cancer 74: 1409-17, 1994). Na língua inglesa a palavra refere-se a “tradução” entre domínios do conhecimento, como, por exemplo, define o próprio NIH (e, analogamente, o NCI): ” To improve human health, scientific discoveries must be translated into practical applications”. Em português, “translacional” que dizer apenas “relativo à translação”, que significa deslocar-se fisicamente de um ponto a outro: a Terra, por exemplo, realiza sua translação ao redor do Sol. Até serve como metáfora do que se faz “entre a bancada e o leito”, mas com limitações óbvias. Pode até ser que esse lamentável anglicismo pegue, mas, como tradutor com alguma experiência na última década, espero não ver o dia em que meu trabalho acabe grafado com um esdrúxulo “Transladado por…” (Nota de JAQ).
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